A indústria financeira tem observado a disseminação das moedas virtuais e introduzido cada vez mais produtos ligados a esses ativos. Uma maneira de investir em criptomoedas é através de fundos e ETFs.

Os fundos de aplicação são investimentos de um coletivo de investidores (denominados cotistas) em diversos ativos. Enquanto os ETFs são fundos de índice que replicam a composição teórica de um índice de referência.

A Quantum Finance conduziu uma análise, publicada de forma exclusiva pelo B3 Bora Investir, que apresenta a progressão do patrimônio líquido e do número de cotistas dos fundos e ETFs de criptomoedas nos últimos seis meses.

O docente da FIA Business School, Gabriel Fioravante, esclarece como é efetuado o cálculo do patrimônio líquido dos fundos. “O PL (patrimônio líquido) de um fundo ou ETF é basicamente determinado pela soma de todos os ativos do fundo menos suas despesas e obrigações. Resumidamente, é o montante total sob gestão naquele momento”, explica.

De acordo com a pesquisa, desde novembro de 2024 mais investidores ingressaram nesses produtos. Contudo, o patrimônio líquido diminuiu em fevereiro, mas começou a demonstrar sinais de recuperação em abril de 2024.

O mês de abril finalizou com um patrimônio líquido de R$ 13,7 bilhões, o que representa um acréscimo de 11,3% em comparação com março, mas uma redução de 4,1% em relação a seis meses atrás. Já em termos de cotistas, abril encerrou com 576 mil investidores, uma variação negativa de 1,2% em relação ao mês anterior, entretanto, um crescimento de 17,5% na comparação de seis meses.

“O desempenho do PL foi reflexo do comportamento do mercado, uma vez que ocorreu uma queda na maioria das moedas virtuais em fevereiro, consequentemente o patrimônio líquido dos ETFs encolheu. Independente do número de cotistas, o principal impacto foi devido à correção intensa dos ativos neste mês”, observa Fioravante.

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Previsões para os produtos de moedas virtuais

Com o progresso das criptomoedas, a indústria financeira tem introduzido cada vez mais produtos relacionados a esses ativos. Segundo Gabriel Fioravante, isso denota uma sofisticação do mercado. “A evolução tem sido bastante favorável. Nos últimos anos, testemunhamos o surgimento de distintos fundos e ETFs que oferecem exposição ao mercado de moedas virtuais de forma regulamentada, transparente e acessível. Isso facilita a inserção do investidor convencional no universo das criptomoedas sem necessidade de abrir conta em corretora internacional ou lidar com carteira digital. É um sinal de amadurecimento do mercado e evidencia que as moedas virtuais estão se consolidando no contexto financeiro tradicional”, ressalta o professor.

Além dos fundos e ETFs, outra forma de investir em moedas virtuais é através do mercado futuro. Em 16 de junho, a B3, que já opera o contrato futuro de Bitcoin, passará a negociar também contratos futuros de Ethereum e Solana.

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Fonte: Bora investir