Os valores arrecadados com a comercialização de títulos do Tesouro Direto atingiram a quantia de R$ 7,091 bilhões no mês de abril atual. Por outro lado, os resgates totalizaram R$ 2,865 bilhões, sendo a totalidade desse montante referente às recompras adiantadas. Não ocorreram vencimentos durante esse período, quando o prazo de validade do título termina e o governo é obrigado a reembolsar o investidor acrescido de juros.
Dessa maneira, as emissões líquidas de títulos alcançaram R$ 4,225 bilhões no mês precedente. As informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28).
Os títulos mais requisitados pelos investidores foram os vinculados à Selic – a taxa primária de juros da economia – que corresponderam a 51,6% do total. Enquanto isso, os papéis corrigidos pela taxa de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) obtiveram participação de 35,3% nas vendas, ao passo que os prefixados – com juros estabelecidos no instante da emissão – representaram 13,1% do total.
A preferência por papéis associados à taxa de juros primária é justificada pelo incremento da Selic, utilizada pelo Banco Central com o intuito de controlar a inflação. A taxa atualmente está fixada em 14,75% ao ano e, em virtude da previsão de manutenção em elevação, os papéis permanecem atrativos. Os títulos corrigidos pela inflação também têm atraído os investidores devido ao patamar elevado em que se encontra o IPCA, a saber, 5,53% acumulado nos últimos 12 meses até abril.
O acúmulo total de títulos do Tesouro Direto atingiu a cifra de R$ 170,9 bilhões no final do mês de abril, refletindo uma elevação de 3,5% em comparação com o mês anterior (R$ 165,1 bilhões) e um aumento de 25,1% em relação a abril do ano anterior (R$ 136,5 bilhões).
Investidores
No que tange ao número de investidores, 231.064 novos interessados se cadastraram no programa no mês anterior. O total de investidores alcançou a marca de 32.203.383, apresentando um aumento de 13,6% nos últimos 12 meses. O montante de investidores em atividade – com operações ativas – chegou a 2.983.932, indicando um crescimento de 15,3% em 12 meses. No mês em questão, houve um aumento de 36.416 investidores ativos.
A demanda pelo Tesouro Direto por parte dos pequenos investidores pode ser percebida pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, as quais corresponderam a 78,1% do total de 791.513 transações realizadas em abril. As aplicações de até R$ 1 mil representaram sozinhas 56% do total. O valor médio por transação foi de R$ 8.958,76.
Os investidores têm optado por papéis de curto prazo. As vendas de títulos com vencimento de até cinco anos representaram 42,2% do total. Já as vendas com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 35,4% do montante. Os papéis com prazo superior a dez anos equivalem a 22,3% das vendas.
O relatório completo do Tesouro Direto está disponível na página online do Tesouro Nacional.
Fonte de recursos
O Tesouro Direto foi estabelecido em janeiro de 2002 com o propósito de popularizar esse tipo de investimento e possibilitar que pessoas físicas comprassem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, por meio da internet, sem a intermediação de instituições financeiras. O investidor só precisa quitar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que detém a custódia dos títulos.
Mais detalhes podem ser encontrados noportal do Tesouro Direto.
A comercialização de títulos é uma das maneiras que o governo dispõe para angariar recursos com o intuito de quitar dívidas e cumprir compromissos. Em contrapartida, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o montante com um acréscimo que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, a taxa cambial ou uma taxa predeterminada no caso dos papéis prefixados.
Fonte: Agência Brasil
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