O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, almeja simplificar para usuários comuns a operação de nós na rede Ethereum, alterando a maneira como esses nós se conectam à rede, utilizando hardware usual de consumidor.
No Ethereum, um nó pode ser ativado em qualquer computador capaz de executar seu software e de se relacionar com outros para compartilhar e validar informações na rede. Trabalhando juntos, eles confirmam transações e garantem a proteção do Ethereum.
Possuir um nó completo é de grande valor, pois permite que o usuário mantenha um servidor local que consegue atuar como o servidor do próprio Ethereum, elucidou Buterin.
Por meio de um nó completo, os usuários conseguem “examinar a corrente de forma descentralizada, resistente à censura e com privacidade”, registrou Buterin no domingo (18), no blog Ethereum Research.
Contudo, operar um nó completo atualmente requer o armazenamento de mais de 1,3 terabytes de dados, de acordo com dados da Etherscan. Sem um hardware resistente ou recursos na nuvem, a maioria das pessoas não consegue fazer isso devido aos custos envolvidos.
Prioridade local e uma trajetória mais ampla
Em 2023, Buterin defendeu a meta de longo prazo de viabilizar nós do Ethereum totalmente verificados operando em “hardware comum de consumidor”, como celulares, embora admita que isso pode demorar uma década ou mais.
A nova sugestão de Buterin traz um modelo com prioridade local. A proposta é simples: permitir que os nós rastreiem somente o que é relevante para o usuário, ao invés de monitorar todo o estado global do Ethereum.
A proposta também se encaixa na trajetória mais ampla do Ethereum, que atualmente está sendo delineada com a primeira fase do upgrade Pectra, considerado o aprimoramento “mais ambicioso” do sistema até o momento.
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Sob a perspectiva de Buterin, depender exclusivamente de alguns provedores dominantes representa um perigo de censura.
Caso o mercado do Ethereum siga essa estrutura, ele “enfrentará pressões significativas para desativar plataformas ou censurar usuários”, escreveu.
Por essas razões, “há mérito em continuar garantindo maior praticidade para a operação de um nó pessoal”, acrescentou Buterin.
A sugestão “é percebida como uma inovação”, afirmou Michael Cameron, co-fundador da Vanilla Finance, uma plataforma de negociação descentralizada que opera no ecossistema da BNB Chain, para o Decrypt.
Apesar de as tecnologias mais recentes do Ethereum oferecerem descentralização e privacidade, “sua carga computacional e vulnerabilidades de metadados” mostram os perigos de depender de poucos grandes players, detalhou Cameron.
No entanto, ainda existem desafios para implementar integralmente esse conceito.
Ecoando esta ideia, Yoon, da Tiger Research, expressou que, apesar de aumentar a quantidade de nós e distribuí-los geograficamente “ajudar a rede a evitar os perigos da centralização”, estudar como implementar isso exigiria “uma avaliação cuidadosa”.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
Fonte: Portal do Bitcoin
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