O desenvolvimento econômico do Brasil aumentou 1,6% nos primeiros três meses deste ano em contraste com o último trimestre de 2024. No cotejo com o mesmo trimestre do exercício anterior, a ampliação visualizada é de 3,1%. No período acumulado de 12 meses, o aumento atinge 3,5%.
As projeções são provenientes do Monitor do PIB, pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta segunda-feira (19).
O estudo traz previsões sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), convênio de todos os bens e serviços fabricados no país, e atua como antecipação dos dados oficiais, divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho do primeiro trimestre de 1,6% é ajustado sazonalmente, ou seja, foram eliminadas variações típicas do período do ano, a fim de que efeitos do calendário não prejudiquem a comparação entre diferentes períodos.
Segmentos
A economista Juliana Trece, líder da pesquisa, indica que o setor agropecuário teve “expressivo crescimento” de 12,2% no início do ano, sendo o grande destaque do intervalo.
Ela destaca ainda que a elevação de 1,3% no setor de serviços, atividade de maior relevância no PIB, também contribuiu para o bom desempenho econômico.
“Dessa forma, o resultado do primeiro trimestre inverte a trajetória em declínio da economia, perceptível desde o terceiro trimestre de 2024”, analisa Trece.
No término de 2024, o resultado trimestral foi quase insignificante, com somente 0,1% de elevação em relação ao trimestre precedente.
A economista mencionou que as exportações voltaram a crescer (2,8%) nos primeiros três meses, com grande impacto de produtos agropecuários.
O ponto desfavorável, revela a pesquisadora, foi a estagnação da indústria.
“Embora a maior parte das atividades industriais tenha registrado expansão, o recuo na indústria de transformação [segmento que converte matéria prima em um produto final ou intermediário, que será novamente modificado por outra indústria], atividade de maior importância na indústria, explica esse desempenho”, esclarece.
Comportamentos
O estudo do Ibre/FGV ressalta que o consumo das famílias cresceu 2,7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar de estar apresentando números positivos, esse resultado revela trajetória em queda. No quarto trimestre de 2024, por exemplo, o avanço tinha sido de 3,7%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que demonstra o comportamento dos investimentos, registrou 6,9% nos primeiros três meses deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo também outro indicador com tendência decrescente. No terceiro trimestre de 2024, a expansão tinha sido de 10,8%.
Em termos monetários, a FGV estima o PIB brasileiro dos primeiros três meses em R$ 3,393 trilhões.
Divulgação oficial
O Monitor do PIB da FGV é uma das análises que servem como indicador da economia brasileira. Outra pesquisa é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), também divulgado nesta segunda-feira, que apontou crescimento de 1,3% na transição do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, e de 4,2% no acumulado de 12 meses.
O anúncio oficial do PIB é realizado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação referente aos primeiros três meses deste ano será em 30 de maio.
Fonte: Agência Brasil
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