A situação do Bitcoin (BTC) atualmente aparenta mais estável do que nos meses anteriores, indicando uma maior chance de uma continuação positiva, de acordo com uma nova avaliação gráfica envolvendo múltiplos fatores econômicos, incluindo taxas de juros, inflação, acesso ao crédito e liquidez de mercado.
Esses fatores são impactados pelo desempenho dos títulos de referência do governo, pelos juros dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos, pela cotação do dólar e por outras variáveis.
Conforme o Coindesk informa, seis gráficos auxiliam a elucidar por que a recente alta do Bitcoin acima de US$ 100 mil pode ter uma sustentabilidade maior do que o aumento de janeiro, quando a criptomoeda atingiu os US$ 108 mil — marca que já foi ultrapassada nesta quarta-feira (21).
Condições financeiras mais restritivas desencorajam a tomada de riscos nos mercados e na economia, ao passo que condições mais flexíveis têm o efeito oposto. Atualmente, as condições financeiras, representadas pelo retorno no período de 10 anos e pelo índice do dólar, parecem consideravelmente mais favoráveis do que em janeiro, favorecendo um aumento sustentado no BTC.
Análises indicam que o índice do dólar, que avalia o valor do dólar em relação a outras moedas principais, estava em 99,60, uma redução de 9% em comparação com os picos de 109,00 registrados em janeiro. O retorno dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos estava em 4,52%, uma diminuição de 30 pontos-base ante a máxima de 4,8% observada em janeiro. Enquanto o retorno dos títulos com vencimento em 30 anos subiu acima de 5%, alcançando níveis similares aos de janeiro, sendo geralmente considerado positivo para o bitcoin e o ouro.

A capitalização conjunta das duas principais stablecoins atreladas ao dólar americano, USDT e USDC, atingiu um valor recorde de US$ 151 bilhões. Isso representa quase 9% a mais que a média de US$ 139 bilhões entre dezembro e janeiro, conforme dados do TradingView.
De modo geral, isso destaca que há agora mais capital disponível para possíveis investimentos em Bitcoin e outras criptomoedas.

O aumento do BTC desde os valores mínimos no início de abril, próximo a US$ 75 mil, é caracterizado por instituições que predominantemente fazem apostas otimistas ao invés de arbitragem.
Contrariamente, os ingressos acumulados nos 11 ETFs atualmente estão em um patamar máximo de US$ 42,7 bilhões, comparado a US$ 39,8 bilhões em janeiro, com base nos dados da Farside Investors.

Historicamente, os picos intermediários e principais do bitcoin, incluindo o de dezembro-janeiro, foram marcados pela especulação fervorosa no mercado em geral, resultando em uma valorização acentuada de tokens menos sérios, como DOGE e SHIB.
Agora não há indicações claras desse cenário, com a capitalização combinada de DOGE e SHIB muito abaixo dos valores máximos de janeiro.

O mercado futuro perpétuo de bitcoin está demonstrando demanda por apostas otimistas alavancadas, o que é esperado, considerando que o BTC está sendo negociado próximo às máximas históricas.
Entretanto, a postura geral permanece contida, sem sinais de excesso de alavancagem ou otimismo exacerbado, como indicado pelas taxas de financiamento que permanecem abaixo dos picos vistos em dezembro.

O gráfico representa as taxas de financiamento, que refletem o custo de manter posições nos futuros perpétuos. Valores positivos indicam preferência por posições compradas e a disposição dos investidores otimistas de cobrir posições vendidas para manter seus investimentos. Isso sinaliza um sentimento otimista no mercado.
O mercado de bitcoin aparenta estar mais calmo desta vez, com o índice DVOL da Deribit, que mede a volatilidade implícita esperada nos próximos 30 dias, consideravelmente mais baixo em comparação com os picos de dezembro-janeiro e março de 2024.
O baixo IV sugere que os traders não estão precificando oscilações extremas de preços ou incertezas presentes em um mercado muito agitado, indicando uma tendência de alta mais moderada e possivelmente mais sustentável.

Fonte: Portal do Bitcoin
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