A Polícia Federal iniciou hoje (27) a segunda etapa da Operação Ficcional, que está investigando a pirâmide financeira Trade Coin Club, a qual fazia promessas falsas de retorno sobre investimentos em Bitcoin e criptomoedas. Durante a operação, policiais federais cumpriram cinco ordens de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais dos investigados, os quais estão situados nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Petrópolis e Duque de Caxias.
Além das medidas de busca e apreensão, o juízo federal também determinou o bloqueio de bens e valores até o montante de R$ 1,5 bilhão.
O principal alvo das investigações é Douver Torres Braga, acusado de ser o líder e fundador da Trade Coin Club. De acordo com a PF, o suspeito adquiriu 139 propriedades em menos de dois anos, ludibriou mais de 100 mil pessoas e movimentou a quantia de US$ 290 milhões (R$ 1,6 bilhão).
A ação realizada hoje é direcionada a locais comerciais e residenciais com possíveis vínculos com Douver Torres Braga. De acordo com informações do G1, entre os alvos estão um shopping e uma feira de roupas.
Braga foi detido em fevereiro deste ano na Suíça durante uma operação conduzida pelo FBI e posteriormente extraditado para os EUA, onde se declarou culpado diante do Tribunal Distrital de Seattle.
No dia 30 de abril, ocorreu a primeira fase da Operação Ficcional. Conforme a PF, cerca de 50 agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em domicílios nas cidades de Petrópolis e Angra dos Reis. Além das ordens judiciais, foi determinado o bloqueio de bens e valores no valor de R$ 1,6 bilhão na ocasião.
“Foram apreendidos iate, carros de luxo, relógios, joias, dinheiro em espécie, criptomoedas, computadores, celulares e documentos diversos”, divulgou a PF em comunicado.
Esquema com Bitcoin
Braga iniciou sua trajetória no setor de sistemas de áudio para veículos antes de estabelecer, em 2016, o Trade Coin Club (TCC). O empreendimento prometia altos retornos por meio de um alegado robô trader que executaria milhares de operações em Bitcoin a cada segundo.
O formato de investimento atraiu mais de 100 mil investidores, os quais depositaram um total de 82 mil BTC, equivalente a US$ 290 milhões na época. Contudo, a SEC classificou o TCC como uma pirâmide financeira, na qual os lucros pagos aos investidores eram provenientes de novos aportes e não de transações reais.
De acordo com a SEC, Braga desviou pelo menos 8.396 bitcoins para contas sob seu controle. A agência está buscando na justiça a devolução dos valores adquiridos de forma ilícita e a imposição de multas. Outras três pessoas foram processadas pela SEC por suas participações no esquema fraudulento.
Conforme o site especializado em investigar esquemas de pirâmide financeira Behind MLM, Joff Paradise atuava como diretor do Trade Coin Club nos EUA, enquanto Keleionalani Taylor era o maior beneficiário do negócio. Outra figura envolvida é Jonathan Tetreault, que promovia a fraude em Massachusetts.
Vídeos em português divulgando o Trade Coin Club ainda estão disponíveis no YouTube, indicando que também havia brasileiros sendo alvo do golpe.
Fonte: Portal do Bitcoin
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