A elevação do índice de preços do país aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcou 0,43% em abril, depois de anotar 0,56% no mês precedente, divulgado nesta sexta-feira, 9, pelo IBGE.
Ainda que tenha havido uma desaceleração, no período de 12 meses recentes aumentou de 5,48% em março para 5,53% em abril, caminhando ainda mais longe do limite superior da meta.
No ano, o IPCA teve um aumento de 2,48%. Em abril de 2024, o crescimento tinha sido de 0,38%.

Quais fatores impactaram no IPCA de abril
O grupo Alimentação e bebidas (0,82%) teve o maior efeito no IPCA de abril, contribuindo com 0,18 ponto percentual (p.p.), ou seja quase a metade da taxa do mês. Destaque também para Saúde e cuidados pessoais (1,18%), com impacto de 0,16 p.p. Já o grupo Transportes (-0,38%) foi o único a ter um decréscimo, influenciando a taxa em -0,08 p.p.
Dentre os alimentos, as maiores elevações foram nos preços da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No que se refere às quedas, merece destaque o arroz (-4,19%).
“O grupo alimentação é o de maior relevância no IPCA, por isso, apesar de estar desacelerando, possui uma importância significativa. Em abril, também observamos uma maior disseminação de taxas positivas no grupo, com índice de disseminação passando de 55% para 70%, entretanto, englobando subitens de menor relevância”, declarou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
No grupo Transportes, a deflação foi conduzida pela queda da passagem aérea (-14,15%) e dos combustíveis (-0,45%). Todos os combustíveis apresentaram variação negativa em abril: óleo diesel, com -1,27%; gás veicular, com -0,91%; etanol, com -0,82%; e gasolina, com -0,35%.
O gerente do IBGE destaca que “houve redução no preço do óleo diesel nas refinarias a partir de 01/04. No caso do etanol, houve avanço na safra”.
A inflação de Serviços, desacelerou de 0,62% em março para 0,20% em abril, ao passo que o conjunto de preços monitorados, ou seja, controlados pelo governo, acelerou de 0,18% para 0,35%. “Na categoria de serviços, a desaceleração é consequência da queda da passagem aérea. E nos monitorados, a explicação para a aceleração vem do aumento dos produtos farmacêuticos”, comunicou Gonçalves.
Acima do limite superior da meta
O desfecho foi conforme o esperado, contudo a inflação persiste acima do limite superior da meta. O centro da meta buscada pelo Banco Central para 2025 é de um IPCA de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A previsão atual do mercado para o IPCA é de uma alta de 5,53% ao fim deste ano, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Para 2026, a estimativa para a inflação brasileira está em 4,51%.
O Banco Central optou na terça-feira por elevar a taxa básica de juros Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, mantendo em aberto o que fará na reunião de junho.
O cenário econômico segue desafiador, com um mercado de trabalho em crescimento e o real desvalorizado, com atenção sobre a inflação de serviços. Permanecem ainda em destaque as medidas tarifárias adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Fonte: Bora investir
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