O chamamento oficial para a escolha de administrador e organização de Fundo de Investimento em Participações (FIP), na categoria Corporate Venture Capital (CVC), foi divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Voltado para os empreendimentos de transformação energética e de descarbonização, o fundo tem como meta aplicar em participações minoritárias em startups e micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica que apresentem soluções inovadoras nos segmentos de energias renováveis e de baixo carbono no Brasil.
Os aportes serão direcionados à geração de energia sustentável, armazenamento de energia e mobilidade elétrica, combustíveis sustentáveis, captura de carbono, uso e armazenamento e descarbonização de operações.
O investimento será realizado no Brasil. As startups alvo devem ter ao menos soluções validadas e início de receitas recorrentes (de Seed a Series B).
Investimentos
A Petrobras planeja investir até R$ 250 milhões, com limite de 49% do fundo, o BNDES até R$ 125 milhões, com limite de 25% do fundo, e a Finep, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 60 milhões.
Além dos investidores iniciais, o fundo tem potencial para receber contribuições de outros investidores, podendo atingir investimento total de até R$ 500 milhões. O administrador do fundo escolhido por meio do edital terá autonomia para as decisões de investimento, além de poder agir em nome do fundo. A previsão é que o processo seletivo seja finalizado em outubro e as operações tenham início no primeiro semestre de 2026. O prazo total do FIP será de até 12 anos.
A iniciativa faz parte do Acordo de Cooperação Técnica, assinado em junho de 2023, para constituição da Comissão Mista BNDES-Petrobras, focada nos setores de petróleo e gás, com ênfase em pesquisa científica, transição energética e descarbonização e desenvolvimento produtivo e governança.
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o novo fundo está alinhado com a estratégia de atuação do Sistema BNDES e com o propósito da Nova Indústria Brasil, que busca impulsionar a bioeconomia, a descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações.
Investir na mudança climática, por meio de inovação, é apostar no futuro. É a chave para impulsionar uma economia sustentável e resistente diante dos desafios globais”, declarou.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que por meio do programa de CVC será viável estimular ideias e modelos de negócios inovadores, aproximando ainda mais a Petrobras do ecossistema de inovação e fortalecendo nossa liderança na transição energética justa.
“Contar com parceiros experientes nesse processo, como BNDES e Finep, traz mais solidez para essa ação”, destacou Magda.
Para o diretor financeiro da Finep, Marcio Stefanni, pela Nova Indústria Brasil, foi dado mais um passo na inserção na política de aumento do protagonismo da indústria na composição do PIB nacional.
“Temos convicção de que é a melhor direção, o setor produtivo carece de fundos dessa natureza e a parceria de fomento vem atender a uma demanda do mercado”, ressaltou.
O novo modelo promove uma série de ações para fortalecer a integração com o ecossistema de inovação, especialmente, instituições de ciências e tecnologia, universidades, startups, empresas de diferentes setores e pesquisadores empreendedores.
Fonte: Agência Brasil
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