O Bitcoin atingiu recentemente a marca de US$ 100 mil neste mês de maio, após permanecer abaixo desse valor por mais de três meses. A moeda digital reagiu de forma positiva ao acordo entre os Estados Unidos e o Reino Unido, às negociações em andamento entre os norte-americanos e a China, e à decisão do Federal Reserve (FED, o Banco Central dos EUA) de manter a taxa de juros estável.
De acordo com especialistas, ao longo do tempo, o Bitcoin tem se fortalecido como uma opção para investidores em períodos de alta volatilidade.
“É possível que a maior parte do recente impulso se deva a uma mudança na percepção global do Bitcoin como uma reserva de valor. Com a inflação e o desemprego afetando as economias locais e suas moedas, e a volatilidade e quedas bruscas das ações tradicionais durante este ano”, comenta Sebastián Serrano, CEO e um dos fundadores da Ripio.
Ruam Oliveira, especialista em investimentos CEA e planejador financeiro, destaca que uma das principais atratividades da criptomoeda é a baixa correlação com as políticas governamentais. “Os eventos nos EUA, como a guerra comercial com a China, têm tido um impacto direto na adoção do Bitcoin, atraindo novos entusiastas que veem o ativo como imune à interferência estatal. Em meio a um cenário de crescente instabilidade nas moedas locais, o Bitcoin surge como uma alternativa, pois promete ser um ativo independente das influências diretas do governo”, afirma.
Oliveira também observa que o Bitcoin deixou de ser considerado apenas um instrumento para especulação e lucros de curto prazo. “Além de buscar rentabilidade, os investidores estão cada vez mais interessados em proteger seus ativos contra inflação, impostos e possíveis confiscos”, adiciona.
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Qual o futuro do Bitcoin?
A recuperação para os US$ 100 mil era esperada pelos analistas, porém o caminho que o Bitcoin tomará nos próximos meses permanece incerto. Serrano sugere que o Bitcoin ganhará ainda mais importância à medida que empresas e países adotarem a criptomoeda e os EUA avançarem na criação de uma reserva estratégica desse ativo.
Para o CEO e cofundador da Ripio, “esse conjunto de fatores é bastante encorajador, pois indica que estamos testemunhando uma mudança de era, na qual o Bitcoin se tornará cada vez mais relevante”, analisa.
Nessa mesma linha, Oliveira mantém um otimismo e acredita que a criptomoeda continuará em trajetória de crescimento. “Em minha visão, a tendência é de valorização ao longo do ano, já que o Bitcoin tem se estabelecido como um porto seguro em tempos de instabilidade econômica e geopolítica. Já neste início de ano, podemos observar claramente indícios de uma dinâmica global cada vez mais instável, que tende a se agravar e persistir nos próximos meses. Esse cenário favorece a procura por ativos descentralizados, como o Bitcoin, que se destaca como uma sólida opção de preservação de capital”, conclui.
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Fonte: Bora investir
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