A performance econômica no Brasil teve elevação no início do ano, conforme dados apresentados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) expandiu 1,3% de janeiro a março em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2024), com base em números ajustados sazonalmente (adaptados para o período).
Comparando com o primeiro trimestre de 2024, o aumento foi de 3,7%, sem ajuste sazonal, devido à comparação entre meses equivalentes.
Focando exclusivamente em março deste ano, o IBC-Br cresceu 0,8% em relação a fevereiro. No confronto com março de 2024, ocorreu uma elevação de 3,5% (sem ajuste para o período).
No acumulado do ano, o indicador ficou positivo em 3,7% e, em 12 meses, apresentou um incremento de 4,2%.
O IBC-Br consiste em uma maneira de analisar a evolução da atividade econômica nacional e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nas decisões acerca da taxa básica de juros, a Selic, atualmente estabelecida em 14,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de diversos setores da economia – indústria, comércio, serviços e agropecuária –, além do montante de impostos.
A Selic representa o principal instrumento do BC para atingir a meta de inflação. Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o propósito é controlar a demanda aquecida, acarretando impactos nos preços, já que os juros mais elevados encarecem o crédito e promovem a poupança. Desta forma, taxas superiores contribuem para a diminuição da inflação, mas também podem dificultar a expansão econômica.
Se o Copom reduzir a Selic, é provável que o crédito fique mais acessível, incentivando a produção e o consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Inflação
Em abril, a inflação oficial encerrou em 0,43%, sobretudo devido aos preços dos alimentos e dos medicamentos. O desempenho mostra uma desaceleração pelo segundo mês consecutivo, após o IPCA ter registrado 1,31% em fevereiro e 0,56% em março.
No acumulado em 12 meses, o índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) totaliza 5,53%.
O aumento dos preços dos alimentos e da energia, bem como as incertezas em torno da economia mundial, resultaram em mais um acréscimo de 0,5 ponto percentual na última reunião do BC, no início do mês, sendo o sexto aumento seguido da Selic em um ciclo de aperto na política monetária.
No comunicado, o Copom não deu indicações sobre o que pode ocorrer na próxima reunião, marcada para meados de junho. Afirmou apenas que a incerteza continua alta e exigirá cautela da autoridade monetária, tanto em possíveis elevações futuras quanto no período em que a Selic deve permanecer em 14,75% ao ano.
Produto Interno Bruto
O IBC-Br, divulgado mensalmente, adota uma metodologia distinta da utilizada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira informado pelo IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para a formulação da política monetária” do país, mas “não representa exatamente uma antecipação do PIB.”
O PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Em 2024, a economia brasileira expandiu 3,4%. O resultado marca o quarto ano consecutivo de crescimento, sendo a maior ampliação desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.
Fonte: Agência Brasil
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