Em um dia com variação no mercado financeiro, a bolsa de valores ultrapassou os 139 mil pontos e atingiu marca inédita. As negociações de moedas estrangeiras apresentaram momentos de incerteza, com o dólar se aproximando de R$ 5,70 devido a preocupações fiscais no Brasil e queda das principais moedas da América Latina.
O índice Ibovespa, administrado pela B3, encerrou esta quinta-feira (15) em 139.334 pontos, registrando aumento de 0,66%. Essa é a maior cifra já alcançada. O índice havia estabelecido um novo recorde na última terça-feira (13).
Apesar da queda nas ações de empresas petrolíferas, influenciada pela baixa do petróleo no mercado global, os papéis de companhias mineradoras e do setor educacional sustentaram o avanço na bolsa brasileira.
O mercado de câmbio experimentou um dia de maior pressão. Influenciado por questões internas e externas, a cotação do dólar comercial fechou nesta quinta em R$ 5,679, com acréscimo de R$ 0,047 (+0,83%). O valor chegou a ser negociado a R$ 5,61 pela manhã e permaneceu estável até o início da tarde, mas subiu após especulações sobre um possível pacote para elevar a popularidade do governo, o que acarretaria em aumento de despesas.
No auge do dia, por volta das 15h30, a moeda dos Estados Unidos atingiu R$ 5,69. Após um declínio em maio, o dólar passou a acumular uma elevação de 0,04% no mês. Desde o início de 2025, a divisa norte-americana apresenta uma redução de 8,11%.
Em uma jornada desfavorável para as economias emergentes, a moeda norte-americana valorizou em relação às divisas latino-americanas devido à descida no valor das commodities (produtos primários com cotação internacional). O preço do barril de petróleo do tipo Brent, utilizado nas transações internacionais, recuou 2,47%, atingindo US$ 64,61.
A diminuição no valor das commodities afeta os países que exportam produtos agrícolas e minerais. Isso se deve à redução na demanda por esses itens, principalmente por parte da China, resultando em uma redução na entrada de divisas nas economias que exportam matérias-primas.
No âmbito interno, rumores acerca da intenção do governo em apresentar um pacote com medidas de gastos visando aumentar a popularidade geraram uma alta no dólar durante a tarde. A incerteza aumentou após especulações de que o governo planejaria elevar o valor mínimo do Bolsa Família para R$ 700 em 2026.
No período vespertino, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista negando a intenção de ampliar os gastos com o Bolsa Família. Ele mencionou que pretende sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana, “medidas pontuais” de ajuste fiscal. Contudo, tais declarações não acalmaram o mercado financeiro.
*Informações fornecidas pela Reuters
Fonte: Agência Brasil
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