Quem aplica recursos provavelmente está ciente de que as resoluções da Junção de Política Financeira (Junta de Política Monetária ) a respeito da taxa Selic têm impacto nos valores das ações, fundos de investimento imobiliário e até dos papéis de renda fixa. Contudo, quiçá nem todos estejam informados de que há um instrumento de investimento que possibilita expressar seu palpitar em relação à decisão da Junta de Política Monetária referente à Taxa Selic Oficial. Trata-se da Escolha de Junção de Política Monetária, um derivativo disponível na B3 e que a partir de 26 de maio terá acessibilidade ampliada para os investidores. Nessa data, ocorrerá a diminuição do valor do ponto do acordo – o que oportunizará investir nele com um valor mínimo inferior.
O valor, que atualmente é de R$ 100 por ponto, será reduzido para R$ 1, viabilizando a negociação de montantes menores. Na prática, a remuneração por contrato cairá de R$ 10 mil para R$ 100.
Qual é a Essência da Escolha de Junção de Política Monetária
A Junção de Política Monetária, do Banco Central, promove reuniões a cada 45 dias para deliberar sobre a política monetária do país – mais precisamente, a respeito da Selic, a taxa essencial de juros do Brasil.
Através da Escolha de Junção de Política Monetária, o investidor consegue expressar sua expectativa quanto à resolução: se a taxa permanecerá, se decrescerá 0,25 p.p., se aumentará 0,50 p.p., entre outras possibilidades.
Vamos supor que um investidor esteja convencido de que a Selic será incrementada em 0,25 ponto percentual na reunião subsequente. Ele poderá adquirir um contrato de Escolha de Junção de Política Monetária com este cenário.
Cada contrato equivale a 100 pontos, e a partir de agora, cada ponto tem o valor de R$ 1. O montante para adquirir essa opção (igualmente conhecido como prêmio) está sujeito às condições de oferta e demanda do mercado, porém pode oscilar de R$ 1 a R$ 100. Para ilustrar, consideremos que o investidor comprasse essa opção por R$ 60. Geralmente, quanto maior a probabilidade que o mercado atribui a um cenário, maior o preço da opção para esse cenário, explica o professor Alexandre Cabral.
O vencimento da Escolha de Junção de Política Monetária sempre ocorre na manhã da quinta-feira após o anúncio da deliberação. Se a Junção de Política Monetária de fato elevar a Selic em 0,25 ponto, confirmando o cenário no qual o investidor se posicionou, a opção será automaticamente concretizada, e o investidor receberá R$ 100 por contrato.
De outra forma, se a Junção de Política Monetária optar por qualquer outra alternativa – seja um incremento maior, pela manutenção dos juros ou diminuição – o contrato não será ativado, e o investidor não receberá.
De que Maneira Investir?
Para transacionar as Escolhas de Junção de Política Monetária, o investidor deve criar uma conta em uma corretora, acessar o sistema de negociações online e procurar pelo código CPM. Além do CPM, o código é formado da seguinte forma:
- CPM M 25 C 100000
M – refere-se ao mês de vencimento do contrato. Neste exemplo, é o mês de junho. Consulte na tabela abaixo o código correspondente a cada mês:

C – indica que se trata de uma reunião previamente agendada
100.000 – É o preço de execução. Os valores iniciam em 100.000 – que representa a manutenção da taxa. Qualquer valor abaixo ou acima desse montante sugere um aumento ou queda na Selic. Por exemplo: 100.250 demonstra que o investidor acredita em um acréscimo de 0,25 p.p. na taxa. Já 09.950 significa uma redução de 0,50 p.p.
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Fonte: Bora investir
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