As tarifas favoráveis de empréstimos baseadas no mercado da China diminuíram nesta terça-feira (20), no mais recente sinal de que as autoridades estão intensificando os esforços para estimular o ímpeto econômico.
A tarifa preferencial de empréstimos (LPR, da sigla em inglês) de um ano caiu para 3% em comparação com a informação anterior de 3,1%, ao mesmo tempo que a LPR de mais de cinco anos, na qual muitos credores se baseiam para definir suas taxas de hipoteca, foi reduzida de 3,6% para 3,5%, divulgou o Centro Nacional de Financiamento Interbancário.
Prevê-se que a diminuição da LPR desta terça-feira, a primeira deste ano, diminua ainda mais os custos de empréstimos de empresas e indivíduos, aumente a confiança do mercado e apoie o crescimento sustentado da economia real.
Analistas mencionaram que as taxas de juros reduzidas transmitiram uma mensagem clara de que a China está determinada a estabilizar o mercado e as expectativas diante das incertezas globais.
As LPRs são utilizadas para calcular uma ampla variedade de taxas de empréstimos, desde empréstimos para o consumidor até empréstimos comerciais e hipotecas.
Tarifas mais baixas aliviam o fardo dos devedores, resultando em mais investimento e consumo.
Para um empréstimo habitacional comercial padrão de 1 milhão de yuans (quase US$ 140 mil) ao longo de 30 anos, o mais recente ajuste da LPR poderia poupar aos devedores mais de 50 yuans em pagamentos mensais de juros, resultando em quase 20 mil yuans em economia total de juros ao longo da duração do empréstimo.
Mercado financeiro
A redução da LPR era amplamente esperada pelo mercado. Durante uma conferência de imprensa em 7 de maio, Pan Gongsheng, presidente do Banco Popular da China, anunciou uma diminuição de 0,1 ponto percentual na taxa de juros.
No dia seguinte, o Banco Central cortou a taxa de recompra reversa de sete dias para 1,4%, abrindo caminho para a posterior queda da LPR.
A diminuição das taxas de juros faz parte dos esforços da China para implementar uma política monetária moderadamente flexível neste ano.
Em diversas ocasiões, as autoridades asseguraram cortes oportunos nos índices de compulsório e nas taxas de juros para manter suficiente liquidez e apoiar a economia.
Em abril, a taxa de juros média ponderada sobre empréstimos corporativos recém-emitidos ficou em cerca de 3,2%, uma redução de 50 pontos-base em relação ao ano anterior. Enquanto isso, a taxa média de novas hipotecas residenciais caiu para aproximadamente 3,1%, um declínio de 55 pontos-base. Ambas as tarifas registraram mínimos históricos.
Depósitos
A tendência de queda também se manifesta no lado dos depósitos. Os principais bancos comerciais anunciaram reduções nas taxas de juros dos depósitos nesta terça-feira.
A taxa de juros de depósito a prazo fixo de um ano foi reduzida em 15 pontos-base para 0,95%. As tarifas também atingiram 1,05% por dois anos, 1,25% por três anos e 1,3% por cinco anos.
Tian Xuan, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Financeira da Universidade Tsinghua, afirmou que a diminuição nas taxas de empréstimos e depósitos estimulará a demanda por crédito, impulsionará o consumo e o investimento e injetará nova energia na recuperação econômica da China.
Dados oficiais apontaram que a economia chinesa manteve um desenvolvimento estável nos primeiros quatro meses deste ano, com crescimento mais acelerado nas vendas no varejo de bens de consumo, um setor de serviços robusto, importações e exportações resilientes, e investimentos estáveis em ativos fixos e produção industrial.
Fonte: Agência Brasil
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