Neste dia sem muitos indicadores, o mercado está de olho na reunião em Brasília entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O encontro está marcado das 14h às 15h na sede da Fazenda e abordará temas governamentais, conforme informado pelo BC.
Ontem, na segunda-feira, Galípolo indicou a possibilidade de manter os juros elevados – atualmente em 14,75% ao ano – por um período prolongado em relação aos ciclos anteriores.
No evento do banco Goldman Sachs, Galípolo mencionou que “faz sentido manter as taxas de juros em níveis restritivos por mais tempo do que o usual.”
O presidente do BC expressou uma visão mais contundente do que a do Comitê de Política Monetária (Copom), que, em seus comunicados recentes, fala de maneira genérica sobre a necessidade de uma política monetária significativamente contracionista por um longo período para garantir a convergência da inflação à meta.
Federal Reserve
Nos Estados Unidos, as falas de vários dirigentes do Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) são esperadas com atenção pelos participantes do mercado.
Petrobras
Os agentes do mercado estão atentos ao desfecho da licença de perfuração da Petrobras na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.
O Ibama anunciou na noite de segunda-feira a aprovação do plano de proteção à fauna da Petrobras, parte do processo de obtenção da licença de perfuração na região. Essa aprovação destaca que a metodologia proposta pela Petrobras atende aos requisitos técnicos exigidos pelo Ibama. A próxima etapa envolverá inspeções e simulações de resgates de animais para testar a capacidade de resposta da empresa.
Encerramento dos Mercados
O Ibovespa fechou a segunda-feira em um novo recorde nominal, atingindo 139.636 pontos, representando um aumento de 0,32%. Apesar das preocupações com o déficit fiscal dos EUA, com o rebaixamento da nota do país pela Moody’s, o movimento de rotação para o Brasil contribuiu para os ganhos do principal índice da bolsa brasileira.
No dia anterior, as declarações do presidente do BC aliviaram a pressão sobre os juros, beneficiando os ativos domésticos.
Ações como Lojas Renner (LREN3) e Fleury (FLRY3) foram destaque, registrando avanços de 2,62% e 2,55%, respectivamente. Já o maior declínio foi observado nas ações da Marfrig (MRFG3), com queda de 6,42%, após uma correção de mais de 21% decorrente do anúncio de fusão com a BRF (BRFS3) na semana anterior.
O dia também foi desafiador para as ações ligadas a commodities. As ações da Vale (VALE3) encerraram com queda de 0,27%, enquanto as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuaram 0,12%.
O dólar fechou em baixa de 0,25%, a R$ 5,6546, após atingir mínima de R$ 5,6333 e máxima de R$ 5,6912. Já o euro comercial valorizou 0,56%, chegando a R$ 6,3559.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York encerraram o dia com leve alta, após operarem em terreno negativo na maior parte do pregão.
No encerramento, o índice Dow Jones subiu 0,32%, para 42.792,07 pontos; o S&P 500 teve alta de 0,09%, chegando a 5.963,60 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,02%, atingindo 19.215,46 pontos.
Os setores de saúde (0,96%) e consumo discricionário (0,42%) apresentaram os maiores ganhos. A Gilead Sciences subiu 3,57%, a AstraZeneca avançou 1,42%, e a Microsoft valorizou 1,01%.
Bolsas da Ásia
Na Ásia, a maioria das bolsas fechou com ganhos, após a China reduzir suas principais taxas de juros para estimular a economia em meio a tensões comerciais. Os investidores também estão atentos às negociações comerciais dos EUA com a Índia e o Japão.
O Nikkei 225 do Japão subiu 0,08%, para 37.529,49 pontos, e o Kospi da Coreia do Sul caiu 0,06%, atingindo 2.601,80 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,49%, para 23.681,48 pontos, impulsionado pelo aumento de 16% nas ações da CATL, empresa chinesa de baterias para veículos elétricos, em sua estreia na bolsa. Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,38%, alcançando 3.380,47 pontos.
O Banco do Povo da China (PBoC) reduziu a taxa de juros de um ano de 3,1% para 3,0%, e a de cinco anos de 3,6% para 3,5%.
Analistas do Citi mencionam que a economia chinesa se manteve resiliente em abril, apesar das tensões comerciais. Eles afirmam que o antigo modelo de crescimento impulsionado pelas exportações parece retornar, pelo menos temporariamente.
Informações do Valor Econômico.
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Fonte: Bora investir
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