Mercados Hoje: Destaques no Indicador de Serviços do Brasil e Balança Comercial dos EUA

A terça-feira traz expectativas de decisões sobre política monetária nos EUA e Brasil. Hoje, têm início as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve. Contudo, as decisões só serão divulgadas amanhã.

No Brasil, a taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 14,25% ao ano e a perspectiva predominante do mercado é de aumento de 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano.

Também hoje, a S&P Global divulga, às 10h, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI) do setor de serviços e composto do Brasil em abril. Em março, o PMI do setor de serviços do Brasil subiu de 50,6 em fevereiro para 52,5. O índice composto PMI da atividade econômica do Brasil melhorou de 51,2 em fevereiro para 52,6 em março.

As taxas de crescimento foram muito similares nos setores industrial e de serviços.

Tesouro promove leilão de LFT e NTN-B

A Secretaria do Tesouro Nacional realiza às 11h leilão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B). As LFT vencem em 1º de março de 2028 e 1º de junho de 2031. Já as NTN-B vencem em 15 de agosto de 2030, 15 de maio de 2035 e 15 de agosto de 2060. A liquidação financeira dos títulos ocorrerá na quarta-feira.

EUA divulgam balanço comercial de março

O Departamento do Comércio dos EUA divulgará às 9h30 (de Brasília) os dados da balança comercial de março. Na leitura anterior, houve um déficit de US$ 122,7 bilhões, com previsão de déficit de US$ 129 bilhões.

Bolsas de valores no Brasil e globalmente

Na segunda-feira (5), o Ibovespa B3 encerrou em baixa de 1,22%, com ações preferenciais da Petrobras atingindo o menor patamar do ano.

Influenciadas pela revisão do preço-alvo das ações por analistas do Bank of America (BofA) e pelo declínio mais acentuado nos contratos futuros de petróleo, as ações PN da Petrobras fecharam em queda de 3,73%, a R$ 29,66, o que seria o valor mais reduzido negociado pelos papéis este ano. Já as ON (PETR3) cederam 2,81%, a R$ 31,77.

Outras blue chips também registraram perdas, com exceção dos papéis da Vale e do Banco do Brasil, que subiram 0,30% e 0,76%, respectivamente. A empresa retomou conversas sobre uma fusão com a Yduqs. Por outro lado, entre as maiores baixas ficaram as ações da Magazine Luiza, que recuaram 5,04%.

Bolsas de Nova York

Novas ações do presidente Donald Trump em sua política comercial, como a imposição de uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros, somadas à aversão ao risco à espera da reunião do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (07) levaram a quedas nos índices em Wall Street, que foram mitigadas após a divulgação dos dados de serviços do ISM acima do previsto.

No fechamento, o índice Dow Jones recuou 0,24%, chegando a 41.219,14 pontos; o S&P 500 teve uma queda de 0,63%, atingindo 5.650,59 pontos; e o Nasdaq caiu 0,74%, alcançando 17.844,24 pontos.

Os setores de energia (-2,01%), consumo discricionário (-1,32%) e tecnologia (-0,85%) foram os que apresentaram piores desempenhos no dia.

Bolsas da Ásia

Os mercados acionários da Ásia encerraram em alta, com os mercados chineses retornando do feriado do Dia do Trabalho. Os investidores analisam dados sobre a economia chinesa e as negociações comerciais entre os EUA e parceiros da região, observando uma abordagem mais conciliatória em relação à China.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,70%, atingindo 22.662,71 pontos, e, na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,13%, alcançando 3.316,11 pontos. As bolsas de Tóquio e de Seul permaneceram fechadas.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou que os EUA estavam muito próximos de certos acordos comerciais. A agência Bloomberg informou que a Índia propôs tarifas zero sobre aço, componentes automotivos e produtos farmacêuticos, em reciprocidade com os EUA.

Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços da Caixin caiu de 51,9 em março para 50,7 em abril, o nível mais baixo desde setembro. “A economia doméstica parece ter se mantido, embora indicadores de sentimento, como os PMIs, tenham diminuído”, diz o Citi. “As exportações permaneceram resilientes em abril, provavelmente evitando uma queda há muito antecipada, apesar de uma fraqueza mais evidente no final do mês.”

Com informações do Valor Econômico

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