Uma das startups mais observadas do último ano no Ethereum, a Movement Labs, está em declínio.
No dia 1º, foi divulgado que o cofundador Rushi Manche foi suspenso enquanto a organização enfrenta os resultados de um contrato de tokens polêmico que resultou na liberação de 66 milhões de tokens MOVE no mercado aberto, gerando reações negativas internamente e publicamente.
Devido aos acontecimentos recentes em andamento e à revisão em andamento pela Groom Lake, referente à governança organizacional e incidentes com um market maker, a Movement Labs anunciou a suspensão do X.
A suspensão aconteceu após informações de que a Movement Labs fechou um contrato de market making com a Rentech, uma empresa fictícia que afirmava ter conexão com a empresa chinesa Web3Port, mas que teria representado falsamente seu papel e liberado todos os tokens alocados em até 24 horas após o lançamento do MOVE.
A organização acreditava que estava contratando a Web3Port para garantir liquidez no lançamento do MOVE, mas documentos internos citados revelaram que a Rentech estava em ambos os lados do contrato — uma vez representando a Web3Port e também atuando em nome da própria organização.
Segundo as informações, Manche teria encaminhado rascunhos do contrato e continuado envolvido tanto na Movement Labs quanto na fundação sem fins lucrativos, mesmo com a intenção de separação entre elas.
O assessor jurídico da Movement Foundation considerou o contrato com a Rentech altamente problemático, chegando a chamá-lo de “possivelmente o contrato mais desfavorável” avaliado.
Apesar disso, o contrato foi aprovado e, 24 horas após o lançamento do MOVE, em 9 de dezembro, os 66 milhões de tokens foram vendidos no mercado aberto.
A auditoria externa sobre governança, realizada pela Groom Lake, está investigando o envolvimento de Manche na aprovação do contrato.
No final de março, a Binance revelou que excluiu o market maker responsável pela liberação dos tokens MOVE, alegando má conduta, e bloqueou os US$ 38 milhões obtidos com a operação.
A exchange acusou a organização — comumente associada à Rentech — de inundar sua plataforma com ordens de venda, com pouca oferta para compra e criando um mercado artificialmente estreito.
A Movement respondeu às acusações da Binance, declarando que a liberação ocorreu “indevidamente, sem nossa permissão e em violação ao contrato estabelecido”.
A crise se agravou na quinta-feira, quando a corretora de criptomoedas Coinbase informou que suspenderá a negociação do token MOVE em 15 de maio, devido a uma revisão padrão de ativos.
Após o anúncio, o MOVE caiu 14%, atingindo US$ 0,20 — sua mínima história — e acumula uma redução de 21% no dia, conforme dados do Coingecko.
No grupo do projeto no Telegram, o moderador Merq confirmou a suspensão de Manche e pediu à comunidade que aguardasse os resultados da auditoria.
“A organização contratou uma investigação independente”, escreveu o moderador. “Estamos aguardando os resultados para obter clareza sobre o que aconteceu.”
* Adaptado com autorização do Decrypt.
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