A companhia de avaliação de risco Moody’s conservou a avaliação da dívida nacional do Brasil um degrau aquém do grau de investimento, porém descartou a possibilidade de aumento na classificação nos meses futuros. A determinação foi tornada pública no final da tarde dessa sexta-feira (31).
A classificação do país permanece em Ba1, um degrau aquém do grau de investimento. No entanto, a perspectiva, que em outubro estava positiva, com probabilidade de ascensão nos próximos meses, foi alterada para estável, sem chance de modificação. O grau de investimento assegura que o país não apresenta risco de inadimplência na dívida pública.
No seu anúncio, a companhia mencionou os esforços de consolidação fiscal, abrangendo o cumprimento das metas de resultado primário. No entanto, a Moody’s avalia que o progresso em reformas para confrontar a inflexibilidade orçamentária e reforçar a credibilidade da política fiscal está mais moroso do que o previsto em outubro de 2024, durante a avaliação anterior.
A companhia propôs medidas, como a desvinculação de receitas, a desindexação de vantagens sociais do salário mínimo ou a revisão das vantagens da previdência social para gerar folga fiscal e possibilitar uma possível elevação da classificação de crédito do país. A Moody’s alertou que, se os esforços para a resolução das contas públicas forem revertidos ou se demonstrarem menos eficazes do que o previsto, existe o risco de alterar a perspectiva da classificação brasileira para desfavorável.
>> Acompanhe o perfil da Agência Brasil no Instagram
Comentário
Por meio de nota, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que o governo está empenhado em aprimorar as contas públicas, buscando aumentar a arrecadação e conter despesas. “O Ministério da Fazenda reitera seu compromisso com a progressão constante dos resultados fiscais e com o aprofundamento do processo de reformas estruturais, cruciais para garantir o aumento econômico de longo prazo e garantir o equilíbrio das contas públicas”, ressaltou o comunicado.
O Tesouro destacou a relevância das negociações entre o governo e o Congresso Nacional para manter a aprovação de reformas. “Este processo tem ocorrido – e seguirá ocorrendo – por meio da sinergia entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, que demonstraram eficiência ao aprovar diversas medidas relevantes, incluindo uma ampla reforma tributária”, prosseguiu o Tesouro, na nota.
A partir de outubro do ano anterior, a Moody’s posiciona o país um degrau abaixo do grau de investimento. A avaliação é superior comparada a de outras agências.
Classificação
Em julho de 2023, a Fitch elevou a classificação brasileira para dois degraus aquém do grau de investimento, com perspectiva estável. Em dezembro de 2023, a S&P Global também elevou a avaliação do país para dois degraus aquém do grau de investimento.
Fonte: Agência Brasil
📲 Receba nosso conteúdo Grátis!
Entre no canal e receba nossos conteúdos assim que forem publicados. Sem spam. Só conteúdo que importa para te manter informado.