As ações tomadas pelo governo federal para suavizar a alta de preços dos alimentos no Brasil estão começando a dar frutos, afirmou hoje o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante uma reunião pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.De acordo com Fávaro, houve uma redução na taxa de inflação ao consumidor, especialmente em itens essenciais como arroz, feijão, ovos e certas frutas.
O ministro destacou a sensibilidade do governo em relação à preocupação dos cidadãos com o impacto da inflação nos alimentos e ressaltou que as medidas adotadas já estão surtindo efeito, sem a necessidade de intervenções drásticas por parte das autoridades.
Dentre as medidas implementadas, Fávaro mencionou a isenção da tarifa de importação de alguns produtos que estavam em falta ou com preços elevados no mercado nacional.
“Até recebi críticas da mídia, dizendo que as medidas não teriam um grande impacto. Mas o que elas esperavam? Show pirotécnico? Medidas arbitrárias? Aumentos de impostos? Restrição de exportações? Intervenção nos negócios? Não”, afirmou o ministro. “As medidas foram criteriosas, porém já estão gerando resultados”, acrescentou, referindo-se à diminuição da inflação registrada recentemente.
Ele ressaltou que o último Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA 15) revelou a melhor performance dos últimos cinco anos, com uma taxa de 0,36% em maio. “Embora positivo, [mas] está em declínio, uma vez que em abril era superior a 1% mensal”, completou.
Fávaro destacou a redução nos preços do arroz (- 4%), das frutas (-2%), do tomate (-7%), do feijão preto (-7%) e dos ovos de galinha (-2%).
“Aumentar as importações contribuiu para equilibrar os preços dos alimentos no Brasil. Devemos continuar trabalhando com serenidade e responsabilidade para manter a inflação sob controle. Porém, de maneira alguma com qualquer tipo de interferência excessiva”, acrescentou.
Comércio internacional
Aproveitando a oportunidade do encontro com os parlamentares, Fávaro mencionou medidas para expandir as exportações brasileiras, através da abertura de novos mercados, graças às ações conjuntas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) com os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura e Pecuária.
Segundo o ministro, essas iniciativas já resultaram, até o momento, na abertura de 381 novos mercados.
“Não se trata apenas da abertura de mercados convencionais para produtos como soja, milho, algodão, café. Já são mais de 20 mercados abertos. Recentemente, o mercado de DDG foi aberto, que é um produto da nova indústria brasileira voltado para a produção de etanol de milho. Abrimos o mercado de DDG para a China”, disse Fávaro, lembrando que Brasil e Estados Unidos são os principais produtores de etanol de milho no mundo.
“Todos conhecem as tensões entre Estados Unidos e China devido a questões tarifárias. Então, quem mais se beneficiará desse mercado de DDG senão os produtores brasileiros, que cultivam milho, e os produtores de DDG?”, acrescentou.
O ministro também mencionou a abertura de mercados para outros produtos, como gergelim, sorgo, uva e outras frutas, assim como para a venda de material genético. “É um momento especial. O Brasil começou a exportar material genético de zebu melhorado para a Índia. Agora abrimos o mercado de bovinos para reprodução genética para Camarões. Estão surgindo oportunidades em diversos setores e cadeias produtivas no Brasil. Devemos continuar nos empenhando nesse sentido”, afirmou.
Influenza aviária
Questionado sobre os possíveis impactos do surto de influenza aviária no Rio Grande do Sul no mercado, Fávaro frisou que, até duas semanas atrás, o Brasil era “um dos poucos países sem ocorrências de influenza aviária em suas instalações comerciais“.
Fávaro informou que, atualmente, 11 casos suspeitos de influenza aviária estão sob investigação no país. “Na semana passada, tínhamos 21 investigações em curso, agora temos 11”, disse o ministro, tranquilizando sobre a situação controlada no Brasil.
“Dos 160 mercados abertos para a carne de frango brasileira, 128 permanecem ativos”, acrescentou o ministro, mencionando que apenas 24 impuseram restrições comerciais. “Estamos em constante diálogo para reduzir as restrições para o Rio Grande do Sul ou, se possível, para um raio de 10 quilômetros [da área afetada pela doença]”, completou.
Fonte: Agência Brasil
📲 Receba nosso conteúdo Grátis!
Entre no canal e receba nossos conteúdos assim que forem publicados. Sem spam. Só conteúdo que importa para te manter informado.